SONHOS VIVIDOS

Visões agônicas

Embaçam-me à vista

As facas, as flores

Afiam suas pontas

Pétalas vermelhas

Cintilantes no alvorecer

O medo do não acordar

A vida indo embora no anoitecer...

Será que ela volta?

Será que ela vem?

E se não vier?

Por onde anda meu bem?

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Sensações estranhas

Pêlos arrepiados, poros suados

Calor, incandescência

Estado de febre verte imagens inventadas!

Supostas estradas

Manhãs, madrugadas

Ciladas em vida

Tocaias de Puma

Arranha-me a alma

A garra invisível

Os sonhos vividos

Jamais morrerão!