AMOR PERDIDO

Tenho o gosto amargo do fel

Na boca vazia e ressequida

Os olhos já não lagrimejam

Minha visão à muito perdida

O coração em descompasso desesperado

Hora acelerando, hora quase parando

Onde tinha amor, agora só sofrimento

O peito dolorosamente sangrando

O fardo da perda é muito pesado

Minhas pernas antes fortes e destemidas

Hoje moribundamente cansadas

Carregam o amor de duas vidas

A tristeza fria da ausência

A vontade de estar sem poder

Querer ficar onde não se pode estar

Angustiante sensação de que se vai morrer

A morte anunciada de um amor

O brilho da luz sendo sugado

Tragado e consumido por um buraco negro

Como se este amor nunca tivesse sido amado

Liu Bernardo
Enviado por Liu Bernardo em 16/06/2012
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