POBRES AMANTES

O meu amor na madrugada

Vela meu sono acordada

Sonhando um amanhã feliz!

Ele não sabe o que é ser menino

E vê nesse amor clandestino,

Que me leva quase ao desatino

Uma forma de trair o destino,

Que a vida ao traçar nos impôs

O meu amor ao amanhecer,

Fecha os olhos para esquecer

Os males que há de trazer

Se este amor proibido e puro

que um dia pulou o muro

Não conseguir a boca calar

O meu amor sob o luar

sabe que irão julgar

com medidas impiedosas e repugnantes

o amor desses “pobres amantes”

neste mundo de hipócritas e intolerantes

que nunca souberam amar.

Meu amor ao entardecer,

Abre os olhos para me ver

E eu me sento para aprender,

Que este amor não é errado nem pecado,

Está apenas um pouco atrasado

Para um encontro inusitado

Em outra vida

Um dia marcado.

By Nádia Ventura