DESCULPE-ME

DESCULPE-ME

Hoje o sol chegou perto da minha janela e parou!

Franqueei-lhe a entrada,

Ofereci-lhe como de costume o meu sorriso.

Seus raios, assustados com o que viram à frente,

Pressentiram minha oferta ausente.

Sentiram que meu coração estava pesado

Uma angústia que não dizia o nome

Um rio de perdões querendo desembocar

Sem saber onde

Não sabia exatamente identificar os afluentes desse rio

Só sei que precisava me desculpar

De que?Não sei...

De te amar?Talvez!

Tudo que não quero com o meu profundo olhar

é o teu silêncio, a tua solidão.

Tudo que preciso é o teu sorriso,

ainda que em outro chão

Quero ver você feliz, brilhando, constelação

Mas parece que isso é tudo que não tenho gritado!

Busco você feliz, e quando lhe acho

Lhe faço,

Calado...

Desculpe-me!

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 15/06/2012
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