DESCULPE-ME
DESCULPE-ME
Hoje o sol chegou perto da minha janela e parou!
Franqueei-lhe a entrada,
Ofereci-lhe como de costume o meu sorriso.
Seus raios, assustados com o que viram à frente,
Pressentiram minha oferta ausente.
Sentiram que meu coração estava pesado
Uma angústia que não dizia o nome
Um rio de perdões querendo desembocar
Sem saber onde
Não sabia exatamente identificar os afluentes desse rio
Só sei que precisava me desculpar
De que?Não sei...
De te amar?Talvez!
Tudo que não quero com o meu profundo olhar
é o teu silêncio, a tua solidão.
Tudo que preciso é o teu sorriso,
ainda que em outro chão
Quero ver você feliz, brilhando, constelação
Mas parece que isso é tudo que não tenho gritado!
Busco você feliz, e quando lhe acho
Lhe faço,
Calado...
Desculpe-me!