Nas nuvens

O primeiro salto de paraquedas,

demanda a presença de instrutor;

Conhece os macetes, os segredos,

ginete que foi dos próprios medos,

Ampara ao neófito em seu pavor...

Sei que o avião do desejo decolou,

E ela indecisa teme, saltar ainda;

Só puxar , a geringonça abre logo,

Sei bem, pois há tempos me jogo,

Além de tudo, verás, a vista é linda...

Todas as cores que a ternura pinta,

Estão na tinta que trago no peito;

Antúrios, begônias e margaridas,

tapete de pétalas cores escolhidas,

o florilégio do meu amor perfeito...

A adrenalina vai te estimular muito,

Ao sentires o prazer do primo salto,

Além de cuidar da abóbada palatina,

Ocupei-me de tuas verdes retinas,

Enfeitei tudo para que vejas do alto...

Talvez já vejas meu jardim de apelos,

Aliás, flores, até o olfato lê, em braile;

Já é tempo de tirares os pés do chão,

Dando uma banana ao dito da razão,

Pois o amor faz nas nuvens, seu baile...