GOTAS

Brotam de mim venenos cuja intensidade transporta vida

Que me deixam sem saída perante a vastidão do mar que se apresenta

No ar que reinventa o movimento de chegada na partida

Na lágrima inibida que qual bebida meu cálice alimenta!

Para induzir meu ser a voos rasos no que houver de mais imenso

A cada olhar intenso que traz revolução ao meu ruir

Que posso deduzir em tudo que te traz ao que eu penso

Que a face beija-me qual lenço, querendo até meu senso possuir!

Formando um oceano de cada orvalho produzido e gotejado

No qual segue hidratado o sonho mais plausível dentre os pesadelos

Que despedaça seus modelos, que grita no que tem silenciado

Porém esparramado nas correntezas de seus maus conselhos!

A rocha bruta, esculpida tão somente pelas águas de sua fé

Que ama e quer, que sonha e dorme quando acorda

Que não aprova e nem discorda do que lhe nega enquanto é

Onde a mais linda mulher de seu peito sempre brota!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 14/06/2012
Reeditado em 14/06/2012
Código do texto: T3723538
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