Inefável amor
Oh! Inefável amor!
Te introduzes em recamaras secretas
A despontar e apontar essas arestas
Nesses arpejos, e em liras dedilhados
Percorre a seiva desse cálice em torpor
Oh! Insana busca em escapar desse amor...
Essas impressões tão digitais e tão algozes
Á descosturar as nossas peles fracionadas
Enfim e tão a fim de serem logo descarnadas
Um rogo obsessivo, nas balbucias não se entendem
Sofreguidão, descomposturas em um uivo silencioso
Nessas mãos á tatearem esse mundo tão lodoso
Escorregam os artelhos, sem as forças de outrora
Na placidez de uma candura deste élan tão fugaz
Imerso e assombrado por um toque tão voraz
Minutos e minutas, esses séculos talvez
Reclamado em expoente de um segundo que está
Dois amantes abraçados que no sempre ficará...