Inefável amor

Oh! Inefável amor!

Te introduzes em recamaras secretas

A despontar e apontar essas arestas

Nesses arpejos, e em liras dedilhados

Percorre a seiva desse cálice em torpor

Oh! Insana busca em escapar desse amor...

Essas impressões tão digitais e tão algozes

Á descosturar as nossas peles fracionadas

Enfim e tão a fim de serem logo descarnadas

Um rogo obsessivo, nas balbucias não se entendem

Sofreguidão, descomposturas em um uivo silencioso

Nessas mãos á tatearem esse mundo tão lodoso

Escorregam os artelhos, sem as forças de outrora

Na placidez de uma candura deste élan tão fugaz

Imerso e assombrado por um toque tão voraz

Minutos e minutas, esses séculos talvez

Reclamado em expoente de um segundo que está

Dois amantes abraçados que no sempre ficará...

Allves
Enviado por Allves em 14/06/2012
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