Pingente Amor
Sob o rubro véu,
Corpo e alma desnudam-se
Orvalhando lamentos,
Descobrindo segredos
Colhidos n’água de beber paixão!
Aconchegado à saudade,
Migro em versos pelos vales dos lírios
Ouvindo de cada pétala a melodia
Dos idílios luzeiros, conduzindo a lágrima
Até o pingente de guardar o sentir!
No mar onde os devaneios acontecem,
A calmaria trouxe à tona a palavra de escrever
Labutando em poemas pintados entre os astros,
De cada traço ficou a sensualidade erudita
Entalhando em quimeras a cor de gemer!
Anverso ou reverso,
O quão eles movem a minha poesia?
Do amor... Oh! O Amor...
Detalhado em todas as letras,
Nos tons, nos dons, nas formas
De semear e colher o que se sente
No peito de abrigar o sentimento de amar!
13/06/2012
Porto Alegre - RS