Melodias Íntimas
Melodias íntimas cerceam essa frígida madrugada
um simples acorde desperta
Com o cigarro aceso me limito a fitar a calçada
os tragos me levam
A fumaça escorrega no vento e desenha seu rosto
minhas mãos trêmulas tentam tocar-te
mas você se desfaz e me faz um tanto infeliz
O meu paládio te guardava, não se sentia segura?
O pranto de uma alma ferida enobrece o amor?
Não, as lágrimas de um solista denunciam seu cansaço
o amor subsiste, apesar;
E ao pesar o medo constatei seu declínio
Mas a nossa ascenção ainda há de vir
Estamos diante de vírgulas, exclamações, interrogações...
o próximo ponto será de partida e não um final
Entretanto, consagremos o mal tempo
façamos dele um prólogo ao advento
E ao me lembrar de certas passagens
sei que és a excessão
quando afirmaste revolta
'em Curitiba ninguém tem coração'