Melodias Íntimas

Melodias íntimas cerceam essa frígida madrugada

um simples acorde desperta

Com o cigarro aceso me limito a fitar a calçada

os tragos me levam

A fumaça escorrega no vento e desenha seu rosto

minhas mãos trêmulas tentam tocar-te

mas você se desfaz e me faz um tanto infeliz

O meu paládio te guardava, não se sentia segura?

O pranto de uma alma ferida enobrece o amor?

Não, as lágrimas de um solista denunciam seu cansaço

o amor subsiste, apesar;

E ao pesar o medo constatei seu declínio

Mas a nossa ascenção ainda há de vir

Estamos diante de vírgulas, exclamações, interrogações...

o próximo ponto será de partida e não um final

Entretanto, consagremos o mal tempo

façamos dele um prólogo ao advento

E ao me lembrar de certas passagens

sei que és a excessão

quando afirmaste revolta

'em Curitiba ninguém tem coração'

David Ribeiro
Enviado por David Ribeiro em 13/06/2012
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