ULISSES

Nunca na minha vida

Houve nada de tão belo

E tão louco.

Belo,

Na harmonia desconhecida.

Louco,

Por estar a vive-la contigo.

Não existirá nunca

Outro território para a paixão,

Se não o Mar.

Perde-se um pouco da alma

No percurso dos pensamentos e gestos,

Porque daí para a frente

Resta-nos o nome

Do pecado e do perdão.

Curvo-me para te dizer ao ouvido:

- Não quero.

Ou será antes,

Não quero, nunca mais que te vás embora?...

De súbito,

A primeira noite nupcial.

Compreendera que nunca mais

Ia ser a mesma mulher.

Ulisses dera-me a mão...

Segurei-a com força,

Querendo receber dela

O arrepio que me atravessava os ossos.

Estava exausta,

No caminho que levava ao delírio.

A vida era

Verde, azul e branca

Tornando eterna a minha paixão por Ulisses.

A beleza da paisagem

Despertava em mim

O instinto da criação,

O meu lado feminino e sensível:

A água excitara a minha natureza,

Semeando nela

O prazer,

A energia,

O Sentimento das núpcias…

Sim, era um regresso

Às origens

Ao universo primitivo

Da paixão pela vida.

Em homenagem a um grande Guerreiro Grego, que venceu grandes batalhas, sempre com o objectivo de voltar aos braços da mulher amada "Penélope". O meu amor por Ulisses será eterno.

Penélope
Enviado por Penélope em 07/02/2007
Reeditado em 07/02/2007
Código do texto: T372229