MIGALHAS DE AMOR.
Não sei se foi um dia ou uma noite ,
Não sei se foi semanas ou meses.
Envolvido em tua seiva agri-doce ,
deixei-me embriagar em teu sabor .
Um sabor suave que me enebriava ,
no sentido mais doce de uma paixão .
Que me levou ao desatino da loucura ,
quando te cansastes de me fazer de joguete .
Na amargura de uma dor profunda ,
me deixastes no abandono ,
solitário em minha dor .
Hoje vivo das migalhas de um olhar ,
que quando passas me jogas ,
com infinito desdém .
Que humilhante sina é esta de amar ,
alguem que não nos faz bem .
Como uma víbora peçonhenta me picastes ,
e agora agonizante me deixas aqui .
Assistindo com um sorriso enigmático ,
a morte lenta e dolorosa ,
deste coração que te amou ,
com carinho e ternura ,
e só te quiz bem .