Poetisa? Eu?

Não sou poetisa

E entendo praticamente nada de rima

Pena que estes são versos simples

Sem rebuscamento formal padronizado

Sem rimas ricas, tampouco raras

Quem dera ser uma parnasiana nata

Para escrever finos versos, temperados

Requintados, bem trabalhados, métrica cuidada

No paroxismo de um Machado de Assis

Ser tão cuidante dos mesmos quanto o ourives

É do ouro como jóia rara...

Como posso dizer?

Escolho sofrer, chorar?

Prefiro não esconder!

Solidão, quem pode evitar?

Pois se alma suplica a presença

O corpo anseia o toque

Mas o racional condiciona o desejo a uma distância física

O limite fica restrito às palavras

E não há ser humana que suporte

Talvez me definam como não altruísta

Outros como egoísta

A verdade é que o medo mora perto das idéias loucas

E se louco for, nessa condição, te querer

Concluo que não tenho medo

E sou louca por você...

Karen de Araújo
Enviado por Karen de Araújo em 11/06/2012
Reeditado em 14/06/2012
Código do texto: T3718620
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