FLERTE

Permita-me a ti

Um convite ao absurdo,

Num olhar picante e num vôo curto

Roubar-te o mel da boca

Feito colibri

Entrega-te à suave dança

Desta aventura em descortino

Deixe aflorar os desatinos

Da vontade crua e da mente nua

Feito criança

Doe-te ao feitiço da noite

E para amar fique no agora,

Pra se arrepender, no depois

Protele o fim deste momento

Pra que perdure após a aurora

E se eternize em nós, e em vida a dois