Dor de Amar

Embriagado, nutrido pela noite

Já inundando meus versos,

Doou-me a mais um gole do vinho

Intuindo a saudade na taça servida!

Dor... Oh! Calada dor...

Da onde vens, para onde vais,

Portando estas versejadas palavras

Incontidas no âmago da flor?

- Vou até aquele jardim

Que na madrugada desabrocha em luares

Cor de mel, lamentando em rimas,

Suaves como a brisa adentrando em tua janela!

- Não esqueça, sou tua lágrima ardente

Sussurrando entre as paralelas, seguindo estros,

Criando em cada estrofe um blues

Para o coração de quem tu amas!

- Do amor, sou amor,

Flamando em ecos d’alma tua,

Viajante única da cor, da dissonância,

Elegia criatura movendo-se pela estrela

Despontando sempre no cair da imensidão!

És também o meu silêncio

Onde do amar sou singular navegante!

10/06/2012

Porto Alegre - RS