*Até o final dos dias...*

Quando, em ti saudades fores

Na espera morta, oh, pobre poeta

Sangrado e corroído pelas dores

Abatido coração mostrado à flecha.

Nesse dia, talvez, até compreendas

O amor é fio que faz fino condão.

Carinhos são cuidados... oferendas

Sem mimo, maltrado é roto ao chão.

Não faço tratos, nem vãs promessas

De amar-te, inteira mesmo que tardia

Sou como o vento, sopros das florestas

Perfumes que dão forma à Poesia.

Se tu me queres - sim - jamais olvides

Quero teus versos em rimadas melodias.

Serei a musa, à que em ti insiste

Ser tua, enfim até o final dos dias.

Canos, 29 de janeiro de 2007/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 06/02/2007
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T371702
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