*Até o final dos dias...*
Quando, em ti saudades fores
Na espera morta, oh, pobre poeta
Sangrado e corroído pelas dores
Abatido coração mostrado à flecha.
Nesse dia, talvez, até compreendas
O amor é fio que faz fino condão.
Carinhos são cuidados... oferendas
Sem mimo, maltrado é roto ao chão.
Não faço tratos, nem vãs promessas
De amar-te, inteira mesmo que tardia
Sou como o vento, sopros das florestas
Perfumes que dão forma à Poesia.
Se tu me queres - sim - jamais olvides
Quero teus versos em rimadas melodias.
Serei a musa, à que em ti insiste
Ser tua, enfim até o final dos dias.
Canos, 29 de janeiro de 2007/RS