SAUDADES DA AMADA

O sábado pela manhã era sagrado

Ela saía para feira

Comprava frutas, verduras e legumes

Para durar a semana inteira.

Assim que chegava

Preparava o almoço com carinho e zelo

E ficava esperando

Seu fiel companheiro.

Sentados à mesa para almoçar

Agradecia o alimento

A vida e o casamento

E era tradição

Fazer uma sagrada oração.

Depois que arrumava a cozinha

Com tudo organizado

Ambos iam descansar

Dormir

Namorar...

Assim vivia o casal

Que se amavam de paixão

Porém depois que ela se foi

A vida ficou sem razão!

Agora arrumava tudo sozinho

Depois ia fazer a sesta

Embora com tudo pronto

Para si exclamava:

Aqui agora nada mais presta!

A casa toda arrumada

Cada coisa em seu lugar

Deitava na rede da varanda

E ficava a meditar...

As horas passavam...

Ele balançava para lá e para cá

E com saudades da amada

Calado se punha a chorar!

Chorava horas a fio...

De saudade, tristeza e dor

Assim ele vivia

Depois que perdeu seu amor.

Deitava na cama e não dormia

Rolava a noite inteira

A saudade o incomodava

E novamente ele chorava

A falta da companheira!

E assim passaram dias, meses, anos.

E ele calado

Pensativo

Sério...

Sem seu amor

A vida era um mistério.

Balançava na rede pensando nela

Com frequência a cena se repetia

Calado e solitário...

Ele apreciava o canto da cotovia!

ivonete soares de almeida
Enviado por ivonete soares de almeida em 10/06/2012
Reeditado em 11/06/2012
Código do texto: T3716742
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