NOITE DELAS, DELAS...
Amado! Detêm em tuas mãos meus risos oblíquos de mulher;
Vem, esvazia teu ímpeto sobre mim, em me querer por completa;
Guia-me pela cintura a Andaluzia, único prazer que te resta;
Modela-me n'um encaixe pra o teu libido, e faça o que quiser.
Retire o “Sutra” do meu corpo em formas de mil camas;
Construa em mim, uma obra aos moldes do livro proibido;
Deixe o nosso show ecoar por toda a madrugada em um só gemido;
Seja o desbravador nórdico e eu serei a rainha da Espanha.
Leve-me por mil e uma noites as luxúrias do harém;
Ostente, sobre minha pele de lua, o seu símbolo de herói;
Libere seu prazer mais vulcânico em exultação;
Flutue sobre as águas quentes do nosso clímax;
Adormeça ouvindo meus sussurros incoerentes, sem sintaxe;
E amanheça comigo, sobre as brasas da nossa paixão.