SEM RIMA 174.- ... amor singelo ...

Curioso proceder da mente ou da fantasia... Não sei que oculto motivo me faz a redigir o "Sem Rima", 'infra', depois de ler o "haikai" que HLuna enviou ao "Recanto das Letras" em 07/06/2012 sob o título "Impressão" (Código do texto: T3711674):

A sombra dos galhos

se move enquanto o céu chove

tal qual espantalhos

...

A sombra do amor, que as leis

escondem e rapinam, move-se

nos corpos e vida humanos

como anjo benfeitor e invisível

até os tornar de escravos vis

em pessoas anelantes e felizes...

Sei que neste "poema", além da rima, falta lirismo; prosaico em excesso, apenas pretende virar, com o uso do mesmo estilo, em beleza as feiuras desta ordem mundial que padecemos.

Mas poderá a prosa terminar com a prosa? Poderão conceções excelentes dominar conceitos escravizadores?

Não ando nada certo... Por isso tendo a sublimar-me e pairar ingénuo lirismos delicados... por vezes nevoentos... por vezes bretemosos*...

...

(*) "bretemoso" adj. (1) Nebuloso, sombrio, escurecido pola névoa. (2) fig. Falto de claridade. (3) Difícil de compreender.