Segredo de bêbado
Você foi desleal, por ser assim sensual,
ao fitar com esses verdes luminares,
meus pobres olhos que perderam o sono;
Embriagou de vez os meus sentidos,
ébrio, falei muito até o que era indevido,
segredo de Bêbado, pois, não tem dono...
Eu que guardei tanto minha sobriedade,
Meus segredos e até algumas fraquezas,
Cuidei pra não me expor, e a esse querer;
Agora, minha alma é como átrio sem cerca,
soldado sem farda, que vale cães de guarda,
onde nada há de valioso, para proteger...
Soltei, pois, meus cachorros, soltei a língua,
gritei para o mundo, abrindo o coração,
só sobreviverei, com transfusão de amor;
o seu é o meu tipo, certinho, ó positivo,
misture-se ao meu e juro que sobrevivo,
e ainda partilho, ternura, desejo, calor...