Vira rua a solidão

vira rua a solidão

número um

casa de cor púrpura de janelas fechadas

não vêem a luz a muito tempo

o coração gelado,a pele seca

a cadeira que balança em silêncio,

no chão um gato espera o leite

as frutas caídas no pomar

dão de comer a solidão,que se repete

no terceiro estrofe,da página um,do capítulo

que não tem nome

viro de lado a cama ainda é grande demais

o que aquece são as lembranças

de ter alguém,de volta a ocupar esse lugar

não me queixo dos que passaram na minha vida

o que lamento é que ninguém ficou pra dividi-la comigo

os cabelos brancos,não enganam mais ninguém

os passos curtos,são para deixar a morte bem distante,

ainda vamos conversar,mas não agora.

DAVIDEUSEI
Enviado por DAVIDEUSEI em 09/06/2012
Código do texto: T3713811
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.