VIVER

É tão simples amar..

É tão simples querer morrer..

Mas é complicado perdoar..

E mais dificil, ainda, viver..

Das dores que sinto..

Das lágrimas que derramo..

Percebo que nada acalma meu pranto..

E a dor da ida,

Com a madrugada partida..

Me faz crer que nada sou..

Nada cresço..

Nada mereço..

Nada evoluo..

Em nada sou..

Dos corações já feridos..

Dos sentimentos já iludidos..

O que me restou foi apenas um vazio..

Que n'um instante, esvaiu-se..

Das lágrimas que hoje

Em minha face secam,

E da dor que ainda cisma em doer..

Não me resta nada..

Apenas crescer..

Por todos os cantos,

te elogiei

Por todos os instantes

te admirei..

Mas em poucos segundos..

E poucas frases..

"boa noite.. vou dormir em casa"

Saí de sua vida..

Não para sentir a dor de um amor perdido..

Ou, quem sabe,

De um pranto, antes reprimido..

Mas para buscar um motivo..

Tentar encontrar um sentido..

Assim, vaguei pela madrugada..

Vendo que nunca tive TU como uma mulher amada..

E andando.. Cheguei em casa..

Deitei em minha cama..

E com um ar frio e solitário..

Comecei a entender que não fui o errado..

De minha mãe, me despedí..

Com um forte abraço..

E à Deus, em uma simples oração..

"Pai.. Pq não acalmas meu coração?!"

A.M.

Augusto Maia
Enviado por Augusto Maia em 09/06/2012
Reeditado em 09/06/2012
Código do texto: T3713607
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