A VELHA DOR
A velha dor que ainda me rasga ao meio
É redemoinho perigoso sem controle nem fim
Desnudando a consciência atordoada
Do sabido amor que já não tens por mim
É dor insuportável posto que é presente
Reforçada na tua indiferença
Este sentimento já morto em você
Cujo corolário é a tua própria ausência
Estou abúlico e nem sei se ainda sonho
Minhas esperanças jazem no passado
Que penso ter deixado para traz
Mantém-me vivo a gota de ilusão
De que um dia venhas a saber
Que por ti, bateu um dia, meu coração!