Insignificância

Pelo meu não entender, vivo nas trevas

Você é luz que paira sobre meu negrume

Provoca as sombras, de um sonho em vão

Inebriando com o teu vil perfume

E aumentando minha escuridão

Eu sou um pântano caudaloso e triste

Eu sou a dor que arrasta entre as trevas

Eu sou o grito que jamais ouviste

Eu já nem sei quem sou

Talvez o vento frio que me leva

Ou uma conta no final do mês

Talvez a fome insaciável e plena

Eu sou talvez. . .

Qual é a verdade que nos não vemos?

Qual folha que no outono cai primeiro?

Que amor transforma os enfermos?

É a força que dissipa o nevoeiro?

Minha insignificância humana desespera

Ao amanhecer da madrugada fria

Toda a dor do mundo que tu profecia

Já me enaltece no raiar do dia

E eu procuro um amanhecer

Melhor

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 08/06/2012
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