Resista, é só o que desejo...

Que dor é esta que me consome...

Quem despertou-me para o amor,

nem ao menos me avisou que poderia doer...

Que me feriria a alma...

Não me recordava que um amor intenso,

não é imuni a intensos sofrimentos.

É que foi tudo tão mágico...

Eu sentia...

Estava certa de que nenhum mal nos atingiria...

Caminhei a passos largos...

Me deixei levar sem questionamentos...

Existia apenas uma vaga lembrança do perigo que nos rondava.

Coisas do passado, de um passado longínquo...

Mas ele estava lá, a espreita.

A espera de um momento oportuno.

Ávido por um ataque certeiro e cruel.

O momento chegou...

Oportuno ou não ele chegou...

E o que será deste amor...

Tão pequenino...

Franzino...

Limitado...

Imaturo...

Pode não resistir...

E o que farei com esta incerteza...

Incerteza medonha que não me permite dormir.

Meu coração, foi ele...

Ele sempre se engana...

Desta vez foi quanto a resistência,

e não quanto a existência.

Pois sei que existe...

Sinto que existe...

Todo meu ser diz que é real...

Minúsculo, mas autêntico,

legítimo, genuíno...

Castiço, lídimo...

Puro...

É isso, "Um amor puro".

Anceio que não sucumbe...

Resista, é só o que desejo...

Beatriz Teixeira
Enviado por Beatriz Teixeira em 08/06/2012
Reeditado em 12/06/2012
Código do texto: T3712474
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