ALMA DE CADELA
Noite fria, chuvosa, triste...
Reflete a alma canina
sem graça, molhada, cansada.
Já correu mundo em busca do nada e nada encontrou.
Desconfiada, calada, já foi machucada.
Nos olhos a essência, alguém enxergou.
Alma feliz...por instantes, tudo encontrou.
Abana a cauda, lambe seu dono, pula em seu colo.
Alma de cadela, agora com graça...
alma feliz!
De repente, tudo virou nada
numa madrugada.
Cadela num canto, alma em pranto...
Continua a corrida, a busca do nada.
Alma perdida, calada...
só quer repousar.
JEANNE TEMIS*