Do amanhã.
Vejo ela só de vez em quando,
E toda vez como se fosse a primeira,
O coração dispara...
Alto e em desatino, diz coisas sem pensar,
Arrepende ter dito,
Arrependeria mais se ficasse calado,
Se o coração diz, é verdade,
Agente escuta e repete...
Depois fica quieto e observa,
Uma beleza que escorre a face e desmancha um corpo,
Continua a dizer...
Pois é, o amor tem dessas coisas,
A previsão é não prever...
E amanhã tudo recomeça,
Como uma melodia sem fim.