ÚLTIMA CANÇÃO
Bota na estrada destino que vaga,
aonde o garoto dos dias tão velhos
Fora da quadra a cantiga é sem guia
aonde procuro quem fui na magia
Eu conheci uma velha bruxa
e não posso dizer o quanto do morto
deixei na loucura,
entenda que aos meus olhos enganados
no encanto das trevas a mais incrível beleza,
na descida ao inferno
em cada degrau um demônio e um pecado
tão meus sorrindo vilezas,
empunham as negras velas
das lamúrias sem fim
Houve céu algum dia,
aonde levou a folia
O carrasco aguarda
que o cortejo retire
a face degolada
meus sonhos enfim
conhecem a paz
Assinei a última canção
com o sangue das veias exaltadas
nos muros que servem de testamento,
não minto é lei nas terras do nada
- respeito os urros da fera
neste tempo de faces vagando ao vento
o que impera
é a tramoia,
neste tempo de guerreiros ajoelhados
no cemitério, nenhuma lágrima é joia