Sem Tempo

Minha vida, passa, pela tela do olhar,

e as estações chegam, alegria, tristeza,

infância, mocidade, a simples lembrança,

surgem pelo filme dos meus olhos,

deixando tudo, com a cor da esperança.

Meu cabelo, é o vento que a vida,

embranqueceu, e até fez nêle,trança,

presas com finas fitas de sombras,

com a mesma e sempre cor da esperança.

Minha face, são ondas tranquilas esperando,

sem sol, sem vento, chuva, só a bonança,

enquanto os lábios sempre sorrindo,

sorri a eterna e velha Esperança.

E minhas mãos presas na prece,

são como as asas de passarinho,

que as nuvens do céu alcança,

e correndo ao vento, ela dança,

a eterna, compassada, valsa Esperança.

April
Enviado por April em 07/06/2012
Código do texto: T3710706