ARQUIVO
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Autor: Maurício Irineu
No meu banco de memórias
Está gravado o teu nome
E nem o tempo consome
As lembranças de outrora
Agora és minha senhora
Nisto tenho mui prazer
Mas nunca vou esquecer
Todos “nãos” que tu disseste
Quando evitar quisestes
Este sonho acontecer.
Eu te tomei como musa
Para minha inspiração
Bem sei o teu coração
De “indiretas” não me acusa
Também não te pus confusa
Confessar-me apaixonado
Pois tinhas sempre guardado
Um “não” pra me responder
E eu via que você
Não tinha “sintonizado”.
Foram tantos os teus “foras”
Que até perdi a conta
Um “não” sempre desencanta
Eu te confesso agora
Mas, pra tudo tem a hora
Eu resolvi esperar
Teu pensamento mudar,
Pois a vida é mesmo assim
E algo dentro de mim
Me fazia esperançar.
Tudo ruiu de repente
Quando de maneira fria
Dissestes jamais iria
Haver algo entre a gente
Ao telefone, carente
Eu vi não ter dado sorte
Pensei: “não há quem suporte!”
Quando me dissestes, incrível
Que seria tão impossível
Quanto enganar a morte.
Então naquele momento
Achei ser conveniente
Te tirar da minha mente
E dos meus bons pensamentos
Pra evitar sofrimentos
A um coração sofredor
Carente demais de amor
Pois o castelo ruiu
Quando ele concluiu:
“ela nem se incomodou”
Mas, tudo que há de ser
Um dia acontecerá
E mesmo sem esperar
Tudo pode acontecer
Decidi te esquecer
Jamais imaginaria
Que algo em ti mudaria
De tão radical maneira
E naquela sexta-feira
Tu me telefonarias.
Ligastes a me convidar
Para nós sairmos juntos
Detalhes não vou contar
Conheces bem o assunto
Só sei dizer, gostei muito
De tua linda companhia
E pra nossa alegria
Nós dois nos sintonizamos
E agora nos amamos
Mais e mais a cada dia.