SONETO LÓGICO

Em poesia corro as veias

Da emoção e da razão

Choro e rio de antemão

Faço castelos de areia

Chego até o impossível

Aonde Ícaro não chegou

Feito de cera eu não sou

Vou e volto impassível

Tenho na palma da mão

O tempo e a eternidade

O céu e também o inferno

Mas juízo não tenho não

Sou pura insanidade

Nem pretendo ser eterno