Suplícios de amor

Sorvo o líquido rubro

Destas lágrimas vermelhas de vergonha

No teu olhar constrangedor eu me descubro

Desenhado em tua face tão tristonha

Nas caligrafias de um suplício

De linhas tortas te declamo o meu perdão

Esses desejos tão entregue a desperdícios

Gotas de amor que umedecem nosso chão

Olhamos um pro outro, inerentes

Em nossos elos de suspiros ofegamos

O coração dentro do invólucro, dormente

Não viaja para o mundo em que estamos

O líquido salgado lentamente

Caminha sob a tez deixando rastros uniformes

Á pincelar os pigmentos de um rosto indiferente

Desalinhando esse amor da sua órbita conforme

Secam-se as taças e cintilam os cristais

Os olhos pueris vão se afastando embaciados

No coração ela estilhaça o vidro fino e tudo mais

Chorando em desconsolo o seu amor arrebentado...

" Leiam a interação deste texto, chamada "Despedida", criado pela escritora Ângela Faria de Paula Lima. Deixo aqui dicas de ótimas leitura: a própria Ângela, Regina Pessoa e Jeane Diogo

Allves
Enviado por Allves em 06/06/2012
Reeditado em 06/06/2012
Código do texto: T3708840
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