Suplícios de amor
Sorvo o líquido rubro
Destas lágrimas vermelhas de vergonha
No teu olhar constrangedor eu me descubro
Desenhado em tua face tão tristonha
Nas caligrafias de um suplício
De linhas tortas te declamo o meu perdão
Esses desejos tão entregue a desperdícios
Gotas de amor que umedecem nosso chão
Olhamos um pro outro, inerentes
Em nossos elos de suspiros ofegamos
O coração dentro do invólucro, dormente
Não viaja para o mundo em que estamos
O líquido salgado lentamente
Caminha sob a tez deixando rastros uniformes
Á pincelar os pigmentos de um rosto indiferente
Desalinhando esse amor da sua órbita conforme
Secam-se as taças e cintilam os cristais
Os olhos pueris vão se afastando embaciados
No coração ela estilhaça o vidro fino e tudo mais
Chorando em desconsolo o seu amor arrebentado...
" Leiam a interação deste texto, chamada "Despedida", criado pela escritora Ângela Faria de Paula Lima. Deixo aqui dicas de ótimas leitura: a própria Ângela, Regina Pessoa e Jeane Diogo