Hipoteca

Solo infértil, areia movediça,

Sexo estéril que irrita

O hálito que o beijo consome.

Barro amarelo, argila grossa,

Volúpia indócil que não se esforça

Para sincronizar um vaivém sem nome.

Terra úmida, chão imberbe,

Taça de hormônios que não serve

Para saciar tão miserável fome.

No húmus travestido pela atmosfera

A certeza já hipotecada de uma nova era!

Dalva de Oliveira
Enviado por Dalva de Oliveira em 04/06/2012
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