TE AMANDO

O ar silente, o respirar veemente, profundo

Revela nosso desejo, o fogo que nos move, ardente

Minhas mãos buliçosas, mapeiam, tangem, corrompem

As planícies indefesas do seu corpo quente

Estamos entregues e ofegantes no leito macerado

Minhas mãos ávidas percorrem seus contornos delicados

Glândulas expostas, olhos vidrados, na pele arrepiada,

Corpos pulsantes em arco retesados

A língua, serpente febril e luminosa

Lacera-se, expõe-se e recolhe-se, enrosca-se molhada

Na vertigem que pulsa em torrente

O amor explode, denso e inevitável….

Agora é tropel de cavalos, é tempestade

Diques estourando, explosões inconsequentes

Corpos fundidos, terremoto rasgando a terra

Motores rasgando, derrapagens, arrancadas

Relâmpagos clareando o escuro da mente!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 05/02/2007
Reeditado em 08/07/2017
Código do texto: T370579
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.