A PETIÇÃO
Pedi ao vento a cortesia de me dá o monopólio da ternura
Pra com brandura ser capaz de visitar os teus recantos encantados
Para adentrar mistérios até aqui não visitados, donde procedem a doçura
Que tinge cores à loucura desses meus sonhos inventados!
Pedi ao sonho que atravesse os portais serenos do delírio
E que me traga o lírio que vi esverdeando o teu olhar
Pra que me seja ele o mar no qual desague-se meu rio
Que emite as chamas sobre o frio que insiste a por um fio me achar!
Pedi ao frio que desfaça nossos elos entre meus beijos e tua pele
Que já não gele de temores os dissabores produzidos pelo adeus
Que meus olhos plebeus adentrem os palácios queimados de neve
E não me negue o amor da imperatriz dos sonhos meus!
Pedi a toda força que possuo pra que me deixe ser vencido
E leve esse pedido à mais sublime e encantadora direção
Leve consigo a fascinação de quem na vasta imensidão se vai perdido
Curado ao mesmo tempo que ferido por certo pretendido coração!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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