APELO DA SAUDADE

Nunca mais apareceu

Aquele que amo tanto.

Hoje o dia amanheceu

Encheu-me de desencanto.

Poderia surpreender

Me ligar de vez em quando

Mas insiste em me dizer

Com silêncio, este nefando

Que nem existo, esqueceu

Do nosso amor, tão bonito

Amor que em mim só cresceu

Se estendeu no infinito.

Saudade arranca meu grito

E confesso essa tristeza

Que num sentido restrito

Roubou-me a paz, com certeza!

Beleza, sim haveria

Nos versos que hora eu teço

Se no teu colo, o meu dia

Mas sombria eu anoiteço.

O meu sorriso de gesso

Não permite a poesia.

E neste estado, arremesso

Somente ai, agonia.

Viste bem, minha avaria?

Como eu sofro o teu desdém?

O teu amor me faria

Um ser feliz... Volta! Vem!

ANJA PERALTA
Enviado por ANJA PERALTA em 04/06/2012
Código do texto: T3704819
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