Levemente amarela
Insone no meu quarto,
Se durmo não relaxo,
Pra que?
Só pra ver pela janela,
Me remete a branquela,
Levemente amarela,
Suavemente a pele dela.
E a noite ela chega,
Batendo o portão,
Abrindo as portas da minha ilusão,
E no entanto,
Joga a bolsa num canto,
Do lado da geladeira,
Junto com as Flores da mesa,
E sem que eu percebesse,
Me acena um flerte.
Tão claro, tão branco, feito leite,
Na taça do sorvete,
Uma certa branquela levemente amarela,
Escorre a massa na panela,
Me tira o sono dormindo sem culpa,
No varal o vento baila sua blusa.
Duque de Caxias, 15 de Maio e 2012. Edilson Alencar