Levemente amarela

Insone no meu quarto,

Se durmo não relaxo,

Pra que?

Só pra ver pela janela,

Me remete a branquela,

Levemente amarela,

Suavemente a pele dela.

E a noite ela chega,

Batendo o portão,

Abrindo as portas da minha ilusão,

E no entanto,

Joga a bolsa num canto,

Do lado da geladeira,

Junto com as Flores da mesa,

E sem que eu percebesse,

Me acena um flerte.

Tão claro, tão branco, feito leite,

Na taça do sorvete,

Uma certa branquela levemente amarela,

Escorre a massa na panela,

Me tira o sono dormindo sem culpa,

No varal o vento baila sua blusa.

Duque de Caxias, 15 de Maio e 2012. Edilson Alencar

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 03/06/2012
Reeditado em 03/06/2012
Código do texto: T3703454
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