Palavra Amor

Uma face de temperança doce,

Retrato de olhar e lábio de recitar

Disse-me num sonho que o divagar da noite

Traz do coração as feições d’alma!

Ah! E a jangada aportou na praia

Abrindo uma rede de versos

Nunca dantes vistos por este céu,

Hoje cravejado em brilhante,

Véu esvoaçante, e beijou minhas mãos!

Oh! Cântico dos astros,

Baile sobre as areias diga-me

Mais um avesso de poetar, apenas

Com visionar do condão brilhante

Feito a lua em noite de outono!

Ah! Lágrima da esperança

Chegaste adornando meu rosto

Escrevendo a palavra que o âmago

Só revela ao sentimento latente da poesia

Nascente na terra, apontada para o calor do ser!

Quero do poema o estro,

Do estro, quero o poema de amor!

02/06/2012

Porto Alegre - RS