FLOR DE CÁCTO
Flor de Cacto,
um olhar, presença efêmera,
enche de encanto, por instantes,
minhas manhãs.
Flor marcante, olhar penetrante,
lê minh'alma por instante...
Bela, fugaz, silenciosa flor de cacto,
traz a esperança que o teu silêncio
me tomou.
Persiste, insiste, Flor de Cacto,
vai e retorna em outro tempo.
Já te conheço, flor de mistérios,
aparente fragilidade, frágil não és.
Tua essência é forte, resistente,
persistente.
Minha flor, te peço um sorriso
e ali está, de repente,
num certo tempo,
lindo e fugaz sorriso,
olhos nos olhos,
mãos em minhas mãos,
um abraço, emoção.
Mas, vai de repente,
levando o riso, a palavra, o olhar,
deixando o silêncio e a esperança
de outra florada.
JEANNE TEMIS*
Este poema foi escrito para minha filha Cecília, autista, em 22/02/12. Cecília, minha flor de cacto...