Ilha Comprida
Deserto território de paz,
Privilégio raro para os olhos,
Que na surpresa exagerada de uma paisagem tão bela,
Engrandecem-se, na tentativa da vista perfeita.
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Íris, perplexa!
As pupilas, espantadas se agigantam,
Retinas bobas, não se cansam de mirar o mar,
De sentir o amor respirado em maresia.
Mãos acariciam a areia da praia
Que no suave tato, desmaia, perante o infinito macio.
O eterno e majestoso azul
Caminhando de mãos dadas com o imenso verde sutil.
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Praia virgem, intocada
Lua cheia, iluminada
Serena e sagaz, alvorada
Recanto das paixões dos dias, do cio das quentes madrugadas.
Deserto território de paz,
Privilégio para nossas almas,
Que na surpresa exagerada de uma paisagem tão bela
Saem do corpo, buscando o refúgio das suas candeias
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Tudo é silêncio na Ilha Comprida.
A verdade do belo, reside nesse puro chão
Lugar misterioso, desenhado pela criação
Benção de Deus, morada do coração.