Ressurreição da última flor sincera

Contemplei estações em cirandas guerreiras

com valentes auroras brotando energia.

Mas a opaca flor não refulge centelhas

nesta infértil e inócua passagem dos dias.

E o Sol me arou em esperanças nitentes

entre chuvas potentes de vivas promessas.

Só a flor ressecada que ficou renitente!

“Nenhuma gota de vida para ela regressa”.

Mas, veio solene, a repentina emoção!

Tornou-se hino de uma nova primavera:

É brilho de um riso entoando canção

- E ressuscita uma última flor sincera -.

E ao abrir teu sorriso de cores vibrantes

Fechas o abismo que se abriu meu peito.

Fazes dele jardim que reabre o horizonte

Onde o brilho estrelar se faz mais perfeito.

Plantastes em meus olhos a semente tão calma,

e sua essência regou esta flor em tuas mãos.

E espero que cresça gentil em tua alma,

este amor florescente em meu coração!

Ric Luiz
Enviado por Ric Luiz em 01/06/2012
Reeditado em 17/03/2019
Código do texto: T3700416
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.