Ressurreição da última flor sincera
Contemplei estações em cirandas guerreiras
com valentes auroras brotando energia.
Mas a opaca flor não refulge centelhas
nesta infértil e inócua passagem dos dias.
E o Sol me arou em esperanças nitentes
entre chuvas potentes de vivas promessas.
Só a flor ressecada que ficou renitente!
“Nenhuma gota de vida para ela regressa”.
Mas, veio solene, a repentina emoção!
Tornou-se hino de uma nova primavera:
É brilho de um riso entoando canção
- E ressuscita uma última flor sincera -.
E ao abrir teu sorriso de cores vibrantes
Fechas o abismo que se abriu meu peito.
Fazes dele jardim que reabre o horizonte
Onde o brilho estrelar se faz mais perfeito.
Plantastes em meus olhos a semente tão calma,
e sua essência regou esta flor em tuas mãos.
E espero que cresça gentil em tua alma,
este amor florescente em meu coração!