Sentença
Cai a chuva na cidade,
num dia de domingo,
o peito se abre em saudade.
Janelas ao vento,
relâmpagos,
teu rosto não se apaga no tempo.
Procuro nas entrelinhas,
cartas antigas e retratos,
no vai-e-vem, a nossa sina.
A chuva molha o jardim,
rega as rosas,
e o teu nome lembra cheiro de jasmim.
Um grande amor
nunca se esquece,
duas almas, uma flor.
A tua presença
invade,
a tempestade me acalma
e assina a nossa sentença.
(Verônica Partinski)