O teu olhar

As palavras não ditas,

E sim expressas pelo teu olhar.

São ventos de calmaria

Prolongadas pelo silêncio.

No súbito momento de atenção;

Entre o sim e o não

Vem “eu te amo”.

Como toque divino

Uma verdade fulminante

Como amantes

Desejam-se

Amam-se

Pegam-se

Entregam-se

Beijam-se

Inflama-se

Desfazem-se

Em segundos

Em frações de segundos

Um suspirar

Um subir

Um levitar

Um tocar

Um olhar

Vivem-se todas as loucuras

Entre as fissuras

Está o segredo

Está o desejo

Está o teu olhar.

Sandro Sansão
Enviado por Sandro Sansão em 01/06/2012
Reeditado em 16/07/2012
Código do texto: T3699335