Gosto de amor

Quantas vezes quis eu arrancar do próprio peito

Esse amor que o recobre e o inflama

Se minha mão alcançasse o coração de algum jeito

Se a água que eu bebesse apagasse essa chama

Ás vezes tenho uma vontade absurda

De nunca mais sentir a sede do amor

De nunca mais nessas águas tão profundas

Nelas nadar e apagar o meu calor

O amor ás vezes me parece tão amigo

Na mesma hora já é emulo mortal

Não sei por que ele brinca assim comigo

Quando será que esse jogo tem final

Se há perdas ou ganhos não importa

De qualquer forma é o amor que sempre ganha

Se ele fica ou se vai, não fecha a porta

E infelizmente é o coração que sempre apanha

Preciso acostumar com a saudade

Que no peito se instala no lugar do amor cruel

Que quando vai, do coração leva metade

Deixando no meu peito uma dor gosto de fel

O amor pode ter gosto variado

Também ser leve ou até carga pesada

Ao amor não tem presente, nem futuro ou passado

Caminha eternamente com a gente na estrada...

Allves
Enviado por Allves em 01/06/2012
Reeditado em 01/06/2012
Código do texto: T3698996
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