Gosto de amor
Quantas vezes quis eu arrancar do próprio peito
Esse amor que o recobre e o inflama
Se minha mão alcançasse o coração de algum jeito
Se a água que eu bebesse apagasse essa chama
Ás vezes tenho uma vontade absurda
De nunca mais sentir a sede do amor
De nunca mais nessas águas tão profundas
Nelas nadar e apagar o meu calor
O amor ás vezes me parece tão amigo
Na mesma hora já é emulo mortal
Não sei por que ele brinca assim comigo
Quando será que esse jogo tem final
Se há perdas ou ganhos não importa
De qualquer forma é o amor que sempre ganha
Se ele fica ou se vai, não fecha a porta
E infelizmente é o coração que sempre apanha
Preciso acostumar com a saudade
Que no peito se instala no lugar do amor cruel
Que quando vai, do coração leva metade
Deixando no meu peito uma dor gosto de fel
O amor pode ter gosto variado
Também ser leve ou até carga pesada
Ao amor não tem presente, nem futuro ou passado
Caminha eternamente com a gente na estrada...