Peixe... Pássaro.
É que em mim, o amor segurou com força as mãos do romantismo...
Aí minha sensibilidade entregou minha alma.
Se em algum momento me faz chorar, tudo bem,
Isso é parte da aprendizagem.
Se sofri, foi porque eu permiti
É que sou entrega e vivo minha vida com intensidade.
Não gosto que dependam de mim até pra respirar
Mas, seria bom buscar folêgo com você.
Ás vezes a vida certinha te acomoda
Mas, de repente algo acontece, quebra tua rotina, muda, tira tudo do lugar.
Você se perde, se acha... Aprende a voar
Questiona... Porque isso está acontecendo comigo agora?
Você tem medo, tem coragem...
Você se sente louca outra vez... Se arrisca
Você sente, e entende que foi preciso renascer para saber que estava morto.
Aí muda tudo dentro de você,
você sente uma vontade louca de sair por aí voando, cantando na chuva...
Mas, sem explicação, quem te ensinou a voar te corta as asas em pleno vôo...
Você cai como um avião que perde as asas...
E ele impassível, imóvel, estático, apenas observa tua queda...
E mesmo te vendo sangrar quase sem ar..
Te joga a realidade, te suga a euforia...
Retira toda confiança que te deu quando te ensinou a voar...
Corta as asas da liberdade de se sentir, se perceber viva.
Argumentos que não convencem...
Você percebe a vida, a morte, o amor, a dor
Você se debate, não entende, não aceita...
Luta, tenta se agarrar em alguma nuvem
pra tentar outro vôo...
Precisa ser louca quando mais está sã.
Porque não entendo o fato de haver dois pesos e só existir uma medida.
pq ensinar dois pássaros a voar, e na penúltima aula...
Arrancar com os dentes as asas do pássaro que mais te amou?
Porque jogá-lo indefeso aos gaviões?
Espero que abaixo das nuvens... esteja o nosso mar.
Mergulha comigo, te darei o fôlego do mar...
Eramos pássaros, agora...
Não somos nem mais... Peixes.
Kika Brandão