UMA HISTÓRIA DE AMOR
Odir Milanez
Aquela que eu um dia conheci,
encheu minh’alma pura de pecados,
desses pecados bons de apaixonados,
desde o primeiro instante quando a vi!
A sua idade igual à minha idade,
o mesmíssimo anseio e atitude
provindos do vigor da juventude,
dos avanços do mar da mocidade!
Amamo-nos sem juras ou receios
do tempo que, tranquilo, não passava.
Mas se passava a gente mais se amava,
sonhando eterno os nossos devaneios!
Como era linda a lua que nos via
nos chãos da praia, chãos da cor de prata,
brilhando bronze em sua tez mulata,
quando o seu ventre, avindo, ao meu se abria!
Amamos tanto amor, que nos perdemos
nas distâncias, nos nomes das cidades,
até que nos sumimos nas saudades
e nas contas do quanto nos quisemos.
Mudamos de morada, de endereço,
mudamos, até mesmo, de costumes,
mudamos cheiros, marcas de perfumes,
mudados de querer... Mas não esqueço,
no tempo em que vivi a idade sua,
quando a vida lhe dava a minha idade,
do dia em que perdi a virgindade
no viço vaginal da virgem nua!
Jpessoa/PB
29.05.2012
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...