= Coração carente =
Eu prosa, eu verso,
Eu em meu universo.
Misturo a dor e amor.
Em águas mansas navego.
Nas cataratas,
despenco.
Sobrevivendo a remo,
pouco, é o ouro e a prata.
A alma impiedosa e insana,
o chapéu ela passa.
Do velho mundo,
sou o fruto.
O quinhão me foi entregue.
Às vezes, rastejo,
corcunda ao desalento.
O queixo, ao peito.
exprime,
o meu sentimento.
Apareça-me...
Oh bela dona!
Do seu sorriso quero um pouco.
Beberei do seu amor.
Faça-me esperança.
Beija este coração carente, quase criança.
Sem o seu amor
a minh’alma o envelhecer
eu assisto.
Tonho Tavares