Ah! O amor...
“Faz a tua ausência para que alguém sinta a tua falta. Mas não prolongue demais para que esse alguém não sinta que pode viver sem você.” (Flóra Cavalcanti).
Não sei bem se
o amor salva
ou nos aprisiona
ao ser amado.
Sei que o amor
perece na rotina,
renasce somente
do arrojo dos amantes.
Se não amarmos
não existiremos bem:
então, vistamos todos
de ousadia e apreciemos
o amor. Este todo-poderoso!
Somente sei bem que
o amor vale a pena:
ou o céu do amor
ou nada de real
valor na vida.
Amar morno não vale.
Ou alcançamos o paraíso
ou feneçamos no precipício.
Assim mesmo: oito ou oitenta!
Do amor não se sabe bem
em hora nenhuma na vida:
quem disse que soube,
jamais amou de fato,
nem lambiscou
fiapos do amor.
Não sei bem se
o amor salva
ou nos aprisiona
ao ser amado.
Mas quando for amor
saber-se-á sempre:
sempre será diferente
de tudo de antes e antes...