Poema de Amor - Capítulo VIII (O convite)
Confuso com minhas cartas e sentimentos
Sobre o que passara no amor então comigo
Busquei um conselho sensato no momento
De um caro ser humano por mim, um amigo.
Recebi da amada uma singela e cálida carta que insiste
Em me ver, depois de sofrer por esse amor: um convite
Disse-lhe então:
Oh amigo, de quem gozas de meu pleno respeito
O qual o considero como sábio, sereno e idílico
O seu pendor pelos conselhos e amizade diletos
Dá uma luz singela a seu pobre e confuso amigo
Disse-me o amigo:
Dê-te a ela e o que há de melhor em ti e a que conclama, pois
Não há de ver ou sentir em outrem o ardor e afã desse amor,
Nas palavras cálidas, em verso, a prosa pungente de vocês dois,
Menção mais sublime ao que sente e o pedido ardente em louvor
Aceita o convite e rume ao horizonte, anil, onde os raios de luz
Do ocaso inda radiam as intenções sinceras de ter você mais perto
Dê-te aos seus braços e atira-te com tudo sobre o amor e conduz
Teus pensamentos a quem te ama de verdade: ela te fará liberto!
Deixe teu coração amá-la e por ti te entregas a ela, loucamente,
Fluir essa paixão que ela retumba aos ventos, que arde e a cega,
Mas que só a você enxerga e espera na ânsia e no clamor ardente
De quem não aguenta mais adiar: atenda, seja feliz, te entrega!
Lança-te como as gotas da chuva no oceano em tempestade
De um lado a outro, misturando-se ao balanço desse mar:
Por um momento tens em tuas mãos a possível eternidade
De viver um amor sincero e a louca paixão: deixe-a te amar!