= Carta de alforria =
Liberta-me...
Solte os grilhões
que a meu ser
escravisa.
Ouça o meu grito
que a barreira do som
o fez vencido.
Liberdade, liberdade, liberdade...
Sou eu o pequeno servo da vida
Que bebe a beleza das flores,
Flores silvestres
daquelas que pouco forram vistas ou vendidas.
Sou eu que roubo
O bálsamo aromático
da lua e das estrelas
Banhando-me, deixo que escorra
Pelo meu corpo cansado
Entranha pela pele
perfumando minha alma
trazendo-me um pouco de alento
Liberta-me...
Faz do teu amor
a marreta e a bigorna
Quebre a grossa corrente
Aquela, que o meu coração, há tempos, arrasta.
Venha amor!
Procrastinando assistiremos
o envelhecer dos sonhos.
O tempo se alimenta dos nossos dia
faminto, ele rapidamente nos consome.
Tire-me desta masmorra fria
Dê-me, do teu calor, a alegria
O teu coração
Com certeza
Será ele
a minha carta de alforria.
tonhotavares
Obrigado poetisa Adria pela bela interação.
=Samba enredo=
Liberdade, Liberdade!
Abra as asas sobre nós
G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense (RJ)
"Seja sempre a nossa voz"
mas eu digo que vem
Vem, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria mãe querida
O império decadente, muito rico incoerente
Era fidalguia e por isso que surgem
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem, no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão, vem viver
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí e da guerra
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu, de cultura o Brasil
A música encanta, e o povo canta assim e da princesa
Pra Isabel a heroína, que assinou a lei divina
Negro dançou, comemorou, o fim da sina
Na noite quinze e reluzente
Com a bravura, finalmente
O Marechal que proclamou foi presidente
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz,
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
toninhotav@hotmail.com