Morta, a Rosa

Na mesma sala de recepção,

observo o ambiente,

meus olhos param na Rosa.

Fria, triste...

a rosa de plástico áspera,

drástica imitação tecnológica.

Às vezes me sinto assim,

Igual a Rosa,

Não nasceu,

Não cresceu,

Não tomou chuva,

Não sentiu frio.

Só no calor das máquinas,

elétricas, mecânicas, metálicas.

Dali irá para um depósito,

para o lixo.

Às vezes me sinto assim

igual a Rosa, entulho ecológico.

Na mesma sala, eu e a Rosa,

fria, triste, morta...

Morta, a Rosa.

Autor Karlos Brasil

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Karlos Brasil
Enviado por Karlos Brasil em 28/05/2012
Código do texto: T3691984
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